09/02/2017 | na mídia
Por thiago.kratz
Edição do dia 26/01/2017
26/01/2017 21h20 - Atualizado em 26/01/2017 21h47
Rio tem queda acentuada nos preços dos imóveis e dos aluguéis
Negociando, queda no preço chega a 35% em média.
Para especialistas, preços eram irreais; negociação deixa cenário justo.
Os compradores de imóveis e os candidatos a inquilino e estão vivendo um momento favorável, no Rio. A cidade sofreu uma explosão de preços nos anos que antecederam a Copa do Mundo e a Olimpíada, mas agora os tempos são outros.
Tem plaquinha amarelando pelo tempo no sol. Um, dois anos e o apartamento não desencalha, principalmente, por causa do valor alto. A Copa e a Olimpíada fizeram os preços de venda e aluguel dos imóveis no Rio subirem muito, por causa da demanda. Depois da festa, com a oferta maior do que a procura e com a economia em crise, o preço foi baixando, baixando...
Dois anos foi o tempo que o Telmo esperou para conseguir comprar a cobertura dos seus sonhos e no preço que cabia no bolso. Começou alto: R$ 1,4 milhão. Ele pechinchou muito e conseguiu.
“Novecentos e cinquenta mil reais que eu paguei pra ele. Há dois anos atrás eu daria de entrada esse valor e ficaria com uma prestação por mais uns dez anos. Hoje não. Hoje eu fiz à vista”, conta Telmo José de Almeida, professor.
Para os especialistas, os preços estavam irreais e a negociação torna o cenário mais justo. A queda é, em média, de 35%.
“Por conta da crise financeira, cada centavo passa a ser. Qualquer redução pode ser decisiva para o momento de fechamento. Pode ajudar ou definir que um pretendente feche por um ou outro imóvel”, comenta Giovani Oliveira, gerente de vendas e locações da APSA.
E este é um movimento que está acontecendo também com os aluguéis no Rio. Uma redução de 20% a 30% nos últimos dois anos. Um exemplo disso é um prédio que tem todos os apartamentos do mesmo tamanho: dois quartos. Um dos moradores pagando R$ 2.550 de aluguel tentou negociar com o dono, reduzir o valor, mas não teve conversa. Resultado: ele entregou o apartamento e está se mudando para outro dois andares acima. Sabe quanto? R$ 1.800, quase 30% mais barato.
“Tanto pra venda quanto para aluguel, o proprietário do imóvel tem que estar disponível. Tem que estar suscetível a estar conversando, entendendo as necessidades do mercado, se adequando a elas pra passar por este momento de crise. É hora de se ajustar os preços, de se entender o que realmente vale. E vale o que vende”, destaca Daniel da Silveira, corretor de imóveis.
Jornal Nacional - Rede Globo
Edição do dia 26/01/2017
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