26/04/2019 | Dia do Síndico, RJ
Por thiago.kratz
No Rio de Janeiro, 23 de abril é Dia do Síndico
A data da comemoração homenageia um carioca que acreditou no mercado condominial desde a sua formação
Por Inês Pereira
SíndicoNet
Há 35 anos, a cidade do Rio de Janeiro reserva o dia 23 de abril para homenagear um profissional marcante no seu estilo de vida: o Síndico. Nós, do SíndicoNet, nos juntamos aos cariocas para dar os parabéns a esse profissional super dedicado.
Os síndicos do Rio são parceiros de longa data, a quem acompanhamos a evolução nessas mais de duas décadas de trajetória do nosso portal.
Representam a nossa segunda maior audiência, ficando apenas atrás de São Paulo, e isso tem muita importância para nós.
Preparamos essa reportagem para eles, e escolhemos o olhar carioca de duas tradicionais administradoras do Rio, que conhecem muito bem o mercado local e o perfil desses profissionais.
Os quase 28 mil condomínios que formam o mercado condominial carioca justificam a homenagem da cidade -- segundo estudo do Secovirio, 31% deles na Zona Sul, formando com os morros e as praias uma das mais belas paisagens do mundo; 18% na região da Barra, onde cresce no número de lançamentos de condomínios de médio a alto padrão, e 45% na Zona Norte.
Como surgiu o “Dia do Síndico” no Rio de Janeiro?
A escolha da data homenageou Carlos Henrique Schneider, fundador da APSA. Ele acreditava que a construção civil seria o futuro do país e sua gestão foi considerada pioneira na administração de condomínios do mercado carioca, nos anos 1940.
Depois que morreu, em 1984, o Dia do Síndico passou a ser comemorado no dia do seu aniversário, em 23 de abril.
As mudanças na atuação do síndico, no olhar carioca
Claudio Affonso, diretor de Negócios Condominiais da Cipa, empresa de administração de condomínios há 65 anos no mercado carioca, descreve o impacto das novas demandas, da alta complexidade dos processos e da legislação em constante modificação sobre o perfil profissional:
“O síndico precisa estar muito atualizado e ter perfil dinâmico, empático e multidisciplinar para lidar, muitas vezes, com grandes equipes e uma enorme quantidade de contratos terceirizados ao mesmo tempo”.
Para Jean Carvalho, gerente geral de Condomínios da APSA, com mais de 87 anos de atuação no Rio de Janeiro, atualmente na terceira geração da família Schneider, a economia colaborativa é uma realidade.
“A cada momento, surgem novas relações e diferentes formas de convivência dentro dos condomínios. Como gestor dessa comunidade, o síndico precisa estar atento a esses movimentos, até mesmo para se antecipar e oferecer aos condôminos soluções para melhoria contínua da sua gestão e dessas relações”, analisa.
A importância do apoio da administradora ao síndico
Nesse cenário, prossegue Affonso, o papel da administradora de condomínio é fundamental para apoiar o síndico na condução das situações diárias, dando todo suporte operacional, técnico e de legislação.
“Nos posicionamos ao lado de cada um deles no apoio à gestão, trabalhando juntos para superar os desafios crescentes do mercado e garantir mais comodidade para seus clientes”, resume o diretor da Cipa.
A parceria e o suporte mais próximo por parte das administradoras visa fortalecer a profissionalização do síndico e prepará-lo para o futuro, em que será cada vez mais exigido pelo mercado.
Carvalho, da APSA, destaca que os condomínios também tiveram uma forte modificação com o surgimento de complexos residenciais e empresariais de maior densidade.
“Eles reúnem em suas concepções, moradia, trabalho, entretenimento e lazer. Tudo em um só local. A gestão dessas unidades condominiais passou a exigir maior grau de conhecimento do síndico”.
Por outro lado, reforça Carvalho, a crise que afetou a cidade do Rio de Janeiro de maneira mais intensa começa a dar sinais de melhora: “A expectativa é que as construtoras intensifiquem seus investimento e lançamentosem construções de condomínios acima de camadas mais populares”.
A figura do síndico nunca será tão importante nesse processo.
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